Este post surgiu de uma explicação dada pelo Lucas Vieira e seu colega do blogue Só Nois Compiuter, Gustavo Soares, sobre as diferenças entre Ciência da Computação e Engenharia da Computação. O campo da computação é ainda mais amplo e, por isso, iremos explicar, eu e o Lucas, sobre todas as faculdade de Computação existentes no país, desde as formações de Tecnólogo e Bacharelado até Engenharia.
Tecnólogo(a) – Quem executa
As formações tecnológicas surgiram no Brasil com a intuição de formar mão de obra de alto nível em menos tempo. Enquanto um curso de Engenharia dura em torno de 5 anos, é possível ter um diploma superior de tecnólogo em dois anos. Tal diferença de tempo se pauta na eliminação de disciplinas muito teóricas. O foco destes cursos está na prática, na execução de tarefas previamente planejadas e estruturadas. Há os cursos de Tecnologia em Redes de Computadores, Sistemas para Internet, Análise de Sistemas, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Desenvolvimento de Sistemas, Programação de Computadores, Segurança Computacional, Segurança para Internet, entre outras nomenclaturas. Basicamente, o tecnólogo é o profissional que faz. Ele trabalha na rede da instituição, ele cria programas, ele faz.
Bacharel – Quem coordena e vende
O Bacharelado em Sistemas de Informação é um dos cursos mais tradicionais do país. Gerações inteiras de empreendedores do mundo digital buscaram esta formação para conseguir adentrar empresas de desenvolvimento de software. Mas engana-se quem acha que este curso é simples: ele tem programação, muita programação, tanto quanto um curso tecnológico. A diferença é que, além disso, se estuda administração, gerenciamento de processos e outros conteúdos feitos para preparar o aluno para atividades de coordenação, administração e instrução. Alguns concursos especificam, para cargos de gestão de tecnologia de informação, a aceitação de somente o curso de Sistemas de Informação, justamente por ter este caráter. Resumindo, o bacharel é o cara que manda na equipe.

Cientista – Quem desenha, discute e aprofunda na linguagem computacional
O curso de Ciências da Computação é, nada menos, nada mais, que um dos cursos mais difíceis, elencados pelo público acadêmico. E não é pra menos. Ele tem mais programação que os cursos tecnológicos e o bacharelado em Sistemas de Informação. Mais matemática. Mais inteligência artificial. Mais conteúdo grosso, mais pesquisa. Mais algoritmos. Tem até robótica! Tudo é estudado minuciosamente, com vistas a não somente executar um comando, mas saber de onde ele veio, porque ele funciona e como ele pode funcionar de forma diferente. Justamente aí que mora a diferença, o anseio na busca do novo, de uma nova forma de fazer um algoritmo, um processo, uma linguagem até… Este também é um curso do nível bacharelado e também prepara o aluno para se tornar um gestor, um coordenador de equipe e um instrutor. Se uma frase definisse o cientista da computação, eu diria que é o cara que pesquisa além do óbvio.
Engenheiro(a) – Quem faz a arquitetura física e virtual
Pense no papel do engenheiro civil numa construção de um prédio. Ele desenha, esquematiza, faz cálculos, vai até o local, mede a qualidade do terreno, faz mais cálculos, entrega um projeto, auditora e vistoria ao final. Esse é o mesmo papel do(a) engenheiro(a) de computação. Desenhar arquiteturas físicas e virtuais, construir, fazer cálculos, estudar ambientes, redes, medir qualidade do ambiente, elaborar e acompanhar projetos. Esse profissional é responsável pela grande maioria dos atuais formatos de tablets, celulares, televisores, sites (sic), centrais de navegação de veículos, entre outras ferramentas digitais com as quais estamos muito acostumados, mas não compreendemos porque o botão do mouse é sempre do mesmo jeito, por exemplo. Teve um engenheiro eletricista ali, que estudou a ergonomia e mudou completamente a forma de relacionarmo-nos com o computador. Engenheiro é o cara que cria, desenha, monta.
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